domingo, 6 de julho de 2008

Violência gratuita no futebol

Hoje no O Globo foi publicada uma reportagem especial sobre a violência no futebol, "Ódio no tempo do futebol". São textos de Arthur Dapieve, Sidney Garambone e Maurício Murad falando, em geral, da violência das torcidas dos times de futebol. Nenhum deles comentou a violência dos jogadores de futebol dentro de campo.

Não falo dos carrinhos voadores assassinos que vemos vez por outra e que quebram pernas e rompem ligamentos de tornozelos e joelhos. Falo da violência gratuita, que acontece em todos os jogos, várias vezes em cada um. São disputas pelo alto depois de tiros de meta que um atleta empurra o adversário para ganhar o lance, derrubando ele no chão. De empurrões e trancos propositais para derrubar o colega de posição em jogadas no meio de campo, sem nenhum perigo de gol.

Fico impressionado como pode uma pessoa agredir um colega de profissão gratuitamente dessa maneira. É como se eu, sentado na minha mesa, sem mais nem aquela, levantasse e desse uma pedalada na Claudete... Se isso acontece acho que sou demitido por justa causa, com razão. Mas no futebol pode. O camarada se aproxima do colega de profissão e dá uma pernada nele de propósito e nada acontece. O colega vai ao chão pedindo atendimento médico e o mesmo camarada que agrediu ele, depois devolve a bola numa "louvável" atitude de fair play. Pode?!

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