Isso acontece desde que foram instaladas as cadeiras nas arquibancadas do Maracanã. Desde então, sempre que acontecem jogos decisivos do Flamengo contra Vasco, Botafogo ou Fluminense, vemos os setores da torcida do Flamengo superlotados e os setores da torcida adversária vazios. Nada é feito por quem organiza o evento para, pelo menos, minimizar o problema. Acho que estão esperando que aconteça tragédia semelhante à da final do Campeonato Brasileiro de 1992, quando a grade cedeu e torcedores do Flamengo caíram sobre as cadeiras inferiores.
As duas fotos abaixo mostram como ficaram os setores amarelos dos flamenguistas e dos botafoguenses na última final do Campeonato Carioca deste ano.
Reparem a diferença. Como sobram lugares entre os botafoguenses e como está apinhado o setor dos flamenguistas. Para quem, vendo as imagens, não consegue perceber o que acontece, basta ter a informação de que todos os ingressos para o jogo foram vendidos. Ou seja, não deveria ter nenhum lugar sobrando nas arquibancadas. Onde estariam os torcedores que deveriam estar nos lugares vazios da primeira foto? Na segunda, claro.
Esse problema acontece também na entrada e saída do estádio. Reparem nessa foto aqui de baixo:
É orientado que todos os flamenguistas entrem pela entrada da estátua do Bellini e que os botafoguenses entrem todos pela entrada da UERJ. Como tem muitos flamenguistas a mais do que botafoguenses (talvez tenha sido 80% de flamenguistas nesse jogo), óbviamente acontece uma desproporção que causa muita confusão na entrada e saída dos torcedores. Infelizmente eu não tenho imagens da entrada da UERJ para poder fazer uma comparação.
Dessa vez, por pouco, minha namorada não quebrou o braço contra uma grade na entrada. Outra amiga também passou por problemas no empurra-empurra que a fizeram entrar chorando e tremendo no estádio. Por sorte nada grave com elas. Espero que com ninguém. Soube de torcedores que desistiram de entrar antes do começo do jogo por conta da confusão e acabaram não entrando porque fecharam os portões antes do fim do primeiro tempo da partida.
É uma pena, porque gosto de ir no Maracanã e cada vez tenho ido menos por conta disso, afinal, não pretendo perder um braço ou, pior, a minha vida, por um jogo de futebol. Espero que isso mude o quanto antes, para que não seja necessário noticiarmos outra grande tragédia em estádios de futebol.
A palinha do Apolinho
Há 6 meses